sexta-feira, 10 de setembro de 2010
CEEDer XP
Sou o Leandro Oréfice, e venho contar para vocês um pouco de minha experiência como CEED...
Quando atuava na área de MKT, havia uma pessoa interessada em fazer um CEED na Am. Latina e me propus a ir também... Depois alguns meses esta pessoa acabou desistindo mas me deu todos seus contatos com a EB de dois LC’s do Chile... Após algumas conversas explicando meu interesse em ajudá-los em qual área, por quê o comitê deles e uma série que questões básicas fui aceito :D
E definimos uma data para ir e minha Job no período que ficaria.
Como trabalhava, aproveitaria somente os poucos 30 dias para ter uma Aiesec XP diferente. Em resumo vi esta oportunidade como boa como Aiesec XP, trabalhar voluntariamente numa área que eu adoro (MKT) em uma cultura, pessoas e visões totalmente diferentes da minha, além ter a oportunidade de conhecer um país que para nós Brasileiros é a Europa da América Latina, ou seja, um mundo diferente para os latinos.
Tudo certo para viajar desembarquei em pleno verão Chileno em Santiago, onde tive a grande felicidade de encontrar pessoas super especiais lá, uma Chilena quer era a trainee quality manager e um trainee Colombiano (de Bogotá), quem me ajudou com alguns dias de estadia em Santiago. Este Colombiano me deu várias dicas sobre Chile e os Chilenos, ele foi a primeira pessoa a dizer que em Chile não se fala espanhol, se fala Chileno ... :D
Tive a oportunidade de conhecer mtos trainees da @Stgo e seus membros, altas festas, eventos culturais nestes primeiros 3 dias de Stgo, de fato não dormi (uuuiiii...).
Depois de minha primeira conferencia internacional (COCOSUR 2009), fui a Concepción, onde conheci os processos que eles tinham problemas e queriam com minha presença trazer idéias tanto do meu comitê como próprias para implementar neste comitê, foram cerca de 20 dias intensos tanto de trabalho como de conhecimento da cultura Chilena.
Trabalho: Minha função basicamente era comunicar os estudantes da UDEC (Univ. de Concepción) de forma mais efetiva, fazendo que nos processos seletivos eles tivessem uma presença mais em massa de estudantes para conhecer Aiesec, assim como em inscritos.
Foi uma experiência bastante interessante porque os estudantes Chilenos tem comportamentos totalmente distintos dos Brasileiros, uma delas por exemplo eles são muito nacionalistas a ponto de não terem vontades de sair de seu país, um outro limitante foi descobrir que estes estudantes tem um costume de primeiro acabar a Univ., para depois pensar em intercâmbio, ou seja, o pool diminuía... Além de problemas de estrutura para trabalhar, mas ao fim o resultado foi de bastante agrado da Aiesec Conce.
Cultural: Fiquei hospedado na casa da VP Fin&Legal da @Concepción, que vivia no subúrbio de Concepción, então não tive uma visão só da parte boa do Chile, mas sim de seus cenários não divulgados e muito menos conhecido pelos trainees. Um outro fatos que intensificou esta XP foi conviver com sua irmã que tinha um conhecimento fodástico sobre história e origem de Chile, desde os indígenas (que hoje como trainee em Chile, vejo que não existe valorização e conhecimento da população deles para com os indígenas) até os anos modernos, os efeitos de outros países na cultura, comida (cozinhava muito esta mulher...rsrs), músicas, danças, livros... Enfim aprendi para caramba!!
Vejo que esta XP me ajudou muito em diversos pontos, foram 30 dias muito intensos que pude aumentar meu networking, conhecer uma cultura, cidades, comidas diferentes (coisas que não curtia comer passei a comer, palta = abacate, frutos do mar e pimenta), conhecer a forma de trabalhar dos chilenos, pratiquei o espanhol, ou melhor o Chileno, mas principalmente deixei a marca de quão importante para todos, poder trocar experiências e visões, afinal com isso vc volta com a cabeça mais aberta para refletir sobre “n” assuntos.
É isso pessoal, fica a dica que Aiesec te oferece várias formas de se desenvolver a única limitante é VOCÊ!! Aproveite e disfrute o máximo possível!! ;-)
sábado, 12 de junho de 2010
Participação no Host CL Abroad!!!
Contarei um pouco sobre uma parte da experiência internacional que poucos EPs mencionam: a participação no CL Host, principalmente em conferências.
Na Áustria eu sempre fui bastante ativa no CL. Ia às RGs (que lá acontecem semanalmente) e, inclusive, fui ao Election Day do ano passado. A coisa que mais me marcou, porém, foi ir à uma conferência. O Future é uma conferência nacional e acontece duas vezes por ano, oferecendo agendas de Leadership, Exchange e Heading for the Future, além da introdução dos MNs. Em novembro de 2008 eu fui delegada da agenda de Leadership e foi MUITO bom. Eu me lembro até hoje de muitas das coisas que lá aprendi. Além disso, tivemos uma apresentação com um Austríaco que foi PAI nos anos 70. Foi muito bacana ver que, realmente, as coisas não mudaram na AIESEC desde sua formação. Ele contou várias histórias engraçadas que refletem situacoes que vivemos até hoje ;-) Em Abril de 2009, fui novamente ao Future, dessa vez para participar de uma sessão sobre intercâmbio, contando sobre minha experiência e pra participar da festinha ! Novamente, foi muito legal.
Aqui na Alemanha continuo tentando me envolver ao máximo com o CL. Vou às RGs (aqui também semanais) e estou sempre em contato com os membros. Meu relacionamento com os AIESECers daqui é mais próximo porque até algumas semanas atrás, eu era a única trainee do CL . Na semana que vem teremos as eleições de EB e eu tenho direito a voto!
Desde que cheguei, o pessoal do CL dizia que eu “tinha que ir” a MaDNES (Münster and Dortmund Newies Education Seminar) e eu respondi que com certeza iria. Porém, como haviam duas agendas, de Induction e de Leadership e eu já tinha participado das duas, combinei que seria somente delegate e pronto, ajudando o OC e o Conference Manager com o que precisassem.
Eis que três dias antes da conferência, quando chego à RG, o LCP comenta comigo que um dos Facis estava doente e não poderia mais ir e me convida pra ser Faci. “Eu, Faci?” pensei, afinal, nunca havia facilitado uma sessão. Porém, aceitei na hora, claro, afinal, sempre quis ser Faci de uma conferência, mas admito que fiquei meio apreensiva, primeiro porque teria somente dois dias para me preparar (A conferência começava na sexta e isso foi na terça) e segundo porque eu seria responsável pela induction de 8 membros de AIESEC e todos sabemos o quão importante é o DD nessa situação.
A estrutura da conferência é um pouco diferente da que temos no nosso CL, a comecar pelo fato de que a vai de sexta à domingo e, se você nao pode ir ao DD do seu CL, pode ir sem problemas ao de outro, entao, tínhamos MNs de 6 CLs diferentes, totalizando por volta de 30 MNs, que foram divididos em grupos menores. Além da agenda de Induction, tínhamos uma agenda de Leadership com 9 participantes.
Os MNs, então, foram divididos em três grupos: preto, vermelho e amarelo, que são as cores da bandeira alema, uma vez que o tema da conferência era “A Copa do Mundo”. Essa é uma coisa que eu acho super legal aqui na Alemanha, assim como era na Áustria: todas as conferências têm um tema e cada festa tem um tema também. A coisa de temas é bacana porque ajuda a criar o clima da conferência: todas as coisas tem a ver, do crachá que ganhamos até as plaquinhas com os nomes das pessoas que vao dormir em cada quarto.
A conferência foi realizada num antigo convento que mais parecia um castelo, MUITO ANIMAL!!!! A logística è basicamente a mesma, ou seja, o OC que acha o lugar, prepara tudo, faz compras… Mas aqui o OC que cozinha, não tem essa de contratar cozinheira!! E o hábito do pessoal de sempre tomar alguma coisa (todo mundo sempre carrega uma garrafa de água ou suco na bolsa/mochila, por exemplo) ficou claro nesses dias, pois tínhamos uma mesinha com chá, café, água e bolachinhas o tempo todo!!
O time de Facis era composto por sete pessoas, sendo dois Facis para cada grupo de Induction e um para o de Leadership. No total, éramos de quatro CLs diferentes. Eu e o LCP daqui, Philipp Lieberknecht, ficamos responsáveis pelo grupo “Amarelo”, que tinha representantes de cinco nacionalidades em um grupo de 10 pessoas (8 MNs, mas nós dois Facis). Outra grande diferenca da AIESEC no Brasil: aqui uma grande parte dos membros da AIESEC è de outros países, refletindo a tendência de mais e mais estudantes internacionais nas universidades européias.
Cada dupla de Facis era responsável pela Induction completa do seu grupo de MNs. Todos seguimos mais ou menos a mesma estrutura de conteúdo, mas tínhamos total liberdade para alterar o que quiséssemos. Isso foi um choque pra mim no começo, pois como eu cuidaria de uma agenda de Induction, sendo que eu nunca tinha sido Faci ? Decidi usar minha própria experiência de MN como base para o conteúdo que seria abordado no nosso grupo e, no fim, acabou dando super certo.
Os três dias transcorreram sem problemas e os MNs parecem ter gostado bastante da conferência. Fizemos a maior parte das sessões de forma interativa, de modo que eles próprios participassem do flow das mesmas. Na maior parte das vezes, deixávamos espaço para discussão e reflexão sobre o tema proposto (Como “O que é uma visão” ou “Quais são as diferenças entre liderança e management?”) antes de expor a abordagem da AIESEC sobre o tema. O feedback que recebemos foi positivo, pois eles sentiram que realmente faziam parte do que estava acontecendo, ao invés de simplesmente sentarem e ter um monte de palestras.
Essa foi a primeira experiência em meus dois anos de AIESEC que eu posso dizer que realmente foi "learning by doing" - and I wouldn't have it any other way! Aprendi tanto sobre mim mesma, sobre a AIESEC e sobre como transmitir conteúdo que afirmo categoricamente que foi uma das experiências mais impactantes da minha vida. Recomendo a todos que sejam Faci! Mas, principalmente, recomendo a todos os EPs que sejam ativos em seus CLs Host. Não é porque estamos em intercâmbio que a experiência "normal" de AIESEC (como trabalhar no CL, por exemplo) deve ser interrompida! Participar das atividades do CL Host agrega MUITO ao intercâmbio e contribui para a life-changing experience que todos buscamos nessa fase.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Manual de sobrevivência
Ooi gente!
Eu sou a Bruna, e não precisava me conhecer muito pra saber que eu sempre estive doida pra colocar os pés fora do Brasil. Não que eu não gostasse do meu país, mas precisava respirar novos ares e uma aventura é sempre divertida!
Até que a Aiesec entrou na minha vida, já com uma oportunidade engatada para ir à Índia, na cidade de Jaipur, lá pra Setembro de 2009. Sim, é a história de sempre: “Índia? Mas por quê? Por que não Inglaterra, ou França?”. Bom, por que não Índia? Quanto mais diferente, melhor! E diria até que o quanto você quer menos ir para um país, é pra lá mesmo que você deve ir.
O fato é que a Aiesec da Índia não é lá muito ativa. Você chega ao país meio jogado, tem contato com poucas pessoas dos escritórios de lá, e mais as vê nas festas mesmo. Nesse ritmo, você poderia simplesmente esquecer que a Aiesec existe.
Mas conheci muita gente. MUITA gente. Devia ter uma pessoa de cada CL do mundo ali em Jaipur! E também muita gente que não tinha nada a ver, mas que participava ativamente do play hard. E são todas pessoas que fazem da sua X inesquecível. São essas as pessoas que fazem você sentir menos saudade da sua família do que vice-versa, porque, afinal, elas são sua nova família.
Taj Mahal
Só que tem outras pessoas que vão querer ser invisíveis. Aquela pessoa, na sua casa com mais 15 EPs, que nunca aparecia, nunca ia às festinhas, estava sempre ocupada, no fim de semana ia viajar sozinha e nunca checava os e-mails no hall sentada com todas as outras pessoas. E não foi por falta de você a chamar pra sair ou pra beber uma cerveja (meio escondido, afinal, estamos na Índia). Não queira ser uma delas.
É aí que entra a “Minha Religião”. O mandamento básico é: não pense tanto, faça logo, mude logo, vá logo.
Não estou dizendo que você deve pular de um prédio sem pára-quedas se te oferecerem. Mas se te chamarem pra viajar com um grupo de pessoas na sua X, não pense no ônibus horrível e nas 20 horas pela frente, simplesmente vá, e você verá que vai sobreviver no final e ainda ter boas histórias pra contar.
Nessa coisa de sentar na laje pra ver as estrelas (mentira, não dá) ou viajar no feriadão do Diwali, você conhece melhor todas as pessoas ali. Se tiver algum problema, vai ter sempre alguém pra desabafar, se tiver algo bom, também. Todos estão na mesma situação e isso aproxima muito todo mundo e são criadas amizades para a vida inteira.
Holi Festival
Também enquanto você não vai pra sua X, aproveite a oportunidade que a @ te dá e faça tudo o que for possível. Sabe aquele CEEDer que vai chegar em outro CL? Vá lá recepcioná-lo! Depois, se um dia você for visitar o país dele, pode ter certeza que será tratado de maneira bem diferente (e positiva!). Experiência própria!
Sabe quando um vulcão cobre o céu de pó e você não pode voltar pro Brasil ainda? Junte suas economias e vá visitar outro EP, conhecendo mais gente e um novo país de maneira fácil e barata – e, de quebra, matando a saudade.
No deserto e andando de camelo
Mesmo se estiver homesick, foi mandado embora do emprego ou exagerou no chai, não se tranque no quarto e comece a riscar os dias que faltam pra voltar para o seu país maravilhoso. Chame aquele ser que sempre “empresta” sua Nutella de 200 rúpias (!!) e vá ver um Bollywood sem legenda.
Você amará o país da sua X mesmo que o odeie, você vai chorar de certas situações e vai rir de muitas mais. Você vai amar ou odiar o estágio, até que ele vire rotina... rotina?? Nããããão!!
No fim o que você vai mais sentir saudades é das pessoas que riram e choraram com você, e são elas que vão te dar forças pra deixar aquela rotina ali de lado e seguir “a minha religião”, fazendo cada dia valer por muitos, desenvolvendo todo seu potencial profissional e pessoal. E é essa mesma a impressão que você tem. Na primeira semana, você acha que está ali há um mês. Mas depois de 6 meses você percebe como passou rápido e que já é hora de voltar.
É claro que “minha religião” é uma brincadeira, mas é assim que eu a chamava. Os Aiesecos tem isso quase inconsciente, mas que de tempos em tempos precisa trazer a tona, sacudir o pó e por em prática. É simplesmente um estilo de vida, não tão fácil de seguir quanto parece e que pode ficar apagado com tanto problema que aparece, mas que faz uma diferença enorme num dia-a-dia tão diferente! E, só pra ser repetitiva, porém verdadeira, foi a melhor experiência da minha vida..até agora.
Namaste!
Bruna
domingo, 9 de maio de 2010
Turquiiiia... Hungriiiiia... iaaa iaaaa iiiiooooooo!!!
"Welcome to Turkey" começou assim, com um e-mail de uma pessoa X, de uma vaga Y (a qual eu nem tinha me candidatado) para um lugar X² que na verdade nunca tinha me passado pela cabeça... e aí pensei "Que coisa de doido, mas... Onde fica a Turquia?? E o que eles fazem lá???" E comecei a pesquisar, ler, ver vídeos, e foi aí que quanto mais diferente do meu mundinho, mais eu gostava... ahahahahahah
Quando falei pra minha família, a primeira palavra que veio na cabeça deles foram "homem-bomba" e a segunda "você não esta falando sério, né?!?!" Ahahahah... mas, isso é muita falta de informação... tem muito mais homem bomba nos Estados Unidos do que na Ásia inteira... ( Desconfio muito do Mickey por sinal ahahahah )
E a meio que contra gosto deles, lá fui eu pra Turquia para um internship de 1 ano e meio, para trabalhar como International Marketing em uma empresa de mármore em uma cidadezinha pacata chamada Denizli(Menor que São Bernardo), onde tem 1 balada e 2 buteco miado.
Bom, imagine uma garota ligada no 220V, que mora em SBC mas com as facilidades de ir pra cidade (ahahahah centro de SP) que não come verduras, legumes e muito menos pimenta, católica (mas nem tão praticante), e que não sabe uma palavra de turco, ir morar em um país muçulmano, em uma cidadezinha pequena e industrial (onde os costumes são mais fortes), onde 30% da população fala inglês mazomenos.... digamos que no mínimo é uma experiencia interessante, única e você tem que ter "open mind", estar disposta a uma experience de impacto, grandes mudanças e desafios.
Por mais choque cultura que se tenha na Turquia, tem muitas coisas em comum com o Brasil, tais como a hospitalidade turca(fantástica), paixão pelo futebol (Roberto Carlos, Elano, André Santos), novelas, mulheres(fisicamente falando) ... e no quesito diferenças culturais a Turquia é um prato cheio... Mesmo sendo um país islâmico, eles não são fervorosos, radicais, respeitam sua religião, se você respeitar a deles claro, mas o legal da sua X é você entrar na cultura deles, viver como eles vivem(isso não significa que você tem que deixar de ser católico, evangélico, ou seja lá sua religião), mas sim, entender o porquê do comportamento deles, crenças, costumes... e eles são suuper abertos, te explicam com o maior prazer sobre a política, religião, te chamam pra almoçar em casa, conhecer TODA a família, adoram te levar para vários lugares, mostrar as mecas, ensinam a rezar, dançar...
E você ... Vamos colaborar né!! Não que seja proibido, mas .... evite shorts muito curtos, decotes, roupas muito ousadas .... como já disse, não é ilegal, proibido, mas se você não quiser se sentir a Gretchen, esse é o caminho certo ahahahaha. Porque por ser um país onde a mulher é mais conservadora, resguardada e infelizmente "estrangeiras" significam sexo fácil, é melhor você não ser tão liberal. (Eu tentei ficar de biquini em Pamukkale como está na foto, mas me senti um E.T. total por alguns poucos minutos debaixo de um calor absurdo)
Infelizmente, o que deveria ser 1 ano e meio de estágio, encurtou-se para 6 meses = ((. O trabalho que eu estava fazendo na empresa não estava dando certo e devido à cabeça dura do meu chefe... sentamos, conversamos e entramos em um acordo que não seria proveitoso pra mim e nem pra ele eu continuar lá... e assim foi.
Mas felizmente, logo que eu me desliguei da empresa, surgiu uma nova oportunidade... Compradora da NOKIA BUDAPESTE_HUNGRIA... uuuhhuuulllllll ....
Com um aperto enoooorme no coração(por deixar a Turquia, grandes amigos e meu namorado turco mais lindo de todos...), fui pra Budapeste em Março.
Claro, o choque cultural não é o mesmo, até porque estamos falando de país de primeiro mundo, a cidade mais badalada da Europa, carne de porco e comunicação 100% (inglês é normal até para os fucking** controller's do metro ahahahaha), mas a Hungria também tem suas peculiaridades, tais como: Name's Birthday ( eu faço aniversário de nome 3 vezes ao ano ahahaha), a língua mesmo sendo estranha é curiosíssima (pussy significa beijo em hungaro ahahahhaha) e na páscoa os namorados/amigos espirram água ou perfume na sua cabeça e recitam um poema (ovo de páscoa, colomba pascal nem pensar...).
Tudo bem que na Hungria as pessoas não são tão hospitaleras e barulhentas como na Turquia, não são apaixonados por futebol e não ficam rezando ao alto da meca 5 vezes ao dia, não fazem jejum no Ramadan... mas eu estou absorvendo ao máximo essa experiência e a grande oportunidade de trabalhar em uma organização global, super despojada em um país lindo, cheio de castelos e pontes iluminadas.
Turquia agora, vai ficar no meu coração, certeza!! Tenho um carinho imenso e penso em voltar para fazer turismo, porque é um lugar lindo... e a Hungria, well... vamos ver o que me aguarda em 1 ano de estágio, certeza que terei muitas histórias = ))
Segue o link do Picassa com fotos da Turquia e um um albinho da Hungria:
http://picasaweb.google.com/patipalazzo
E meu blog da Turquia: http://patyemterraturca.blogspot.com/
E gostaria de finalizar este post com um conselho: Open mind !!
Suuper beijo
Güle Güle (tchau em turco) ou Viszlat (em húngaro)
Paty = ))
domingo, 2 de maio de 2010
DT na Colômbia – El riesgo es que te quieras quedar!
terça-feira, 20 de abril de 2010
Você já foi à Bahia nega? Não? Então vá! Independente do destino... o Caymmi sabia o que falava!
Fala Galera! Este é o segundo post do @USPabroad e nele vou falar um pouco da minha experiência na @ e como tem sido a vida longe de casa.
Muito prazer, mas você é?
Meu nome é Gilberto Ribeiro, mais conhecido como Giba. Fiz parte da @USP entre 2006 e o comecinho de 2007 e lá tive como principal área de atuação o (antigo) time de People and Development (atual Talent Management).
Fora da @ passei um ano e meio na Caixa Econômica Social, na área de Fundos e Programas Sociais, mais um ano e meio na PricewaterhouseCoopers, na consultoria em Gerenciamento de Riscos.
Mais que o intercâmbio, minha experiência na @ me permitiu construir uma base de valores, conhecimentos e contatos sólidos que me abriram (e abrem) diversas portas e me possibilitam vivenciar experiências fantásticas pessoal e profissionalmente.
Agora! Ao intercâmbio...
O meu intercâmbio começou (como uma idéia) alguns anos antes, em uma sessão de ILP (Ideal Learning Plan – não sei se o termo/metodologia ainda é utilizado no CL, mas é muito útil se bem aplicada). Nessa sessão, tracei um plano de desenvolvimento pessoal que passava pela experiência fora, mas que teria que aguardar alguns anos para eu (1) desenvolver o currículo necessário para aumentar a minha aceitabilidade em um MT e (2) atingisse o grau de maturidade necessário para que aproveitar de forma plena a experiência a qual me dirigiria.
No começo de Novembro de 2010 eu comecei de fato o processo de busca da vaga. Já tinha em mente exatamente o que eu queria e tinha o background necessário para isso. Graças ao bom planejamento eu consegui casar em pouco mais de 20 dias!
Hoje estou morando em Tete, uma cidade situada na região central de Moçambique. Dentre outras coisas, minha job description deixava claro que “The city is remote so the intern must be prepared for an intense cultural experience”. E não é que era verdade?
Viver na África é fantástico e ao mesmo tempo é frustrante. A parte fantástica está na receptividade das pessoas, nas belezas naturais, nos sons, nos sabores...
A parte frustrante é olhar para um continente inteiro que de alguma forma foi esquecido pelo resto do mundo e encontrar estatísticas como apenas 30% da população (de Moçambique) com acesso à água encanada e eletricidade, ou 1 em cada 7 pessoas infectada pelo vírus da AIDS. Estar aqui podendo fazer a diferença me faz sentir muito bem, mas face ao que há para ser feito, também faz com que me sinta uma gota no oceano (aqui cabe um parênteses, fico contente pela iniciativa de abrir a @ aqui... parabéns Daúdo e todo time do MC, vocês são os caras!).
Choque cultural
Da esquerda para direita: Maico Weiss (brasileiro da @Portugal), Dave Steinbach (mochileiro canadense), eu e Miguel Gouvêa (português da @Portugal). À nossa frente Dona Alice e família, o melhor Frango com Xima da Ponta d’Ouro!
Imagine-se na seguinte situação. Você é um cidadão paulistano, acostumado com (pelo menos) 3 ou 4 horas diárias no trânsito caótico. Se você acorda às 9 horas da manhã e quer um brownie de café expresso para começar o dia, provavelmente você conseguirá. Se você chega da balada morto de fome em casa e está louco para comer tortillas e taco com uma coca-cola geladinha, você pode pedir por telefone! Aliás, se você se dá ao trabalho de ir para uma padaria, você pode compensar a “perda de tempo” com o deslocamento levanto seu laptop e conectando na rede wireless do estabelecimento para checar seus emails e mandar aquela planilha que você estava devendo.
Um belo dia, você acorda e diz “Na boa? Eu vou para a África!”.
Um Xapa! Em uma boa viagem, costumam carregar SÓ 18 pessoas. O destino custa +/- R$ 0,30.
Foi mais ou menos assim comigo. De um dia para o outro eu tive que me acostumar com as temperaturas (Tete é a cidade mais quente de Moçambique), com cortes intermitentes de energia (o que te faz perder inclusive a água encanada porque a maior parte das casas que têm água usam um sistema de bombeamento para distribuí-la), com a escassez de produtos importados (aprendi onde ficam os chocolates, logo, essa parte do choque já está beeeem melhor), com o péssimo sistema de transporte público, enfim... com uma leve queda no padrão de serviços e consumo ao qual eu estava acostumado.
“Ah Giba! Mas você está em Moçambique, eles falam português, deve ser muito mais fácil do que ir para a Estônia vai...”. Ok ok, admito que o fato da língua falada aqui ser o português facilita minha vida. Mas não é só a língua que afeta o processo de comunicação e aqui eu descobri que eu não falo português... eu falo brasileiro!
Mas para não decepcioná-los em um bom relato sobre choque cultural, há sim uma questão de adaptação com a língua. Apesar de a constituição determinar o português como o idioma oficial, aqui nós temos um sem-número de línguas locais que, aliás, são quase tão utilizadas (dependendo da região, até mais utilizadas) que o próprio português.
Só na minha província você pode encontrar pessoas que falam Nyúngwè, Nyanja e Sena. Mais ao sul, em Maputo (onde se encontram meus amigos do MC e EPs) se fala Shitzua e Shangani. Ainda lá perto você pode ouvir o idioma de Inhambane, o Bitonga. E ao norte, em Nampula (terra do nosso MCP, o Daúdo) tem o Macua. Há uma série de outros que eu ainda não descobri, e todos eles servem como uma forma de identificar a região da pessoa (como estou em Tete, sou maNyúngwo).
É claro que a palavra choque dá a impressão de estarmos passando por uma experiência ruim, o que não é sempre verdade. Um bom exemplo de uma situação não qual eu fiquei chocado foi quando eu, Maico e Miguel fomos ao Mercado do Peixe em Maputo, um lugar onde você compra seus frutos do mar e leva ao restaurante para que os preparem para você. Lá eu tive um tremendo choque quando comi dois caranguejos e uns quatro camarões bem servidos (e olha que os caras disseram que ainda não eram dos maiores) e paguei por tudo (incluindo o táxi) o equivalente a R$ 14! (sim, frutos do mar são mais baratos do que frango aqui!)
Eu poderia seguir falando muito mais, sobre o meu trabalho, sobre meus amigos, sobre o fato de (em dias bons e com alguma sorte) poder ver hipopótamos ou alguns crocodilos sob a ponte do Rio Zambezi a caminho do trabalho, mas provavelmente o post ficaria muito cumprido e a Fê não o publicaria! Por isso, deixo aqui o link para o meu blog http://sabeselaporondeanda.wordpress.com/. Lá, quem tiver mais curiosidade, poderá entrar em contato comigo ou acessar o meu Picasa e ver algumas fotos bacanas.
Fico por aqui com meu relato e espero que ele incentive mais @secos a passarem por essa experiência genial que é o intercâmbio.
Abraço galera!
Giba
quinta-feira, 4 de março de 2010
Post Inaugural do Blog!
Todo o mês haverá um tema específico e alguns voluntários irão escrever posts sobre esse tema. Com isso esperamos ajudar os membros que pretendem ou têm interesse viajar e inspirar quem ainda nem pensa nisso.
Por isso, AIESEC na USP, precisamos de sua colaboração! EPs se voluntariem para escrever no blog, contem suas histórias, suas dicas, os melhores momentos pois isto pode ajudar muita gente que ainda vai viajar! E aos outros... COMENTEM, participem e não esqueçam de checar o blog todo mês!
AÊEEEEEE! Vamos aí gente que esse é o primeiro post do nosso blog!
Não se esqueçam de adicionar essa página nos favoritos!