terça-feira, 1 de junho de 2010

Manual de sobrevivência

Ooi gente!

Eu sou a Bruna, e não precisava me conhecer muito pra saber que eu sempre estive doida pra colocar os pés fora do Brasil. Não que eu não gostasse do meu país, mas precisava respirar novos ares e uma aventura é sempre divertida!

Até que a Aiesec entrou na minha vida, já com uma oportunidade engatada para ir à Índia, na cidade de Jaipur, lá pra Setembro de 2009. Sim, é a história de sempre: “Índia? Mas por quê? Por que não Inglaterra, ou França?”. Bom, por que não Índia? Quanto mais diferente, melhor! E diria até que o quanto você quer menos ir para um país, é pra lá mesmo que você deve ir.

O fato é que a Aiesec da Índia não é lá muito ativa. Você chega ao país meio jogado, tem contato com poucas pessoas dos escritórios de lá, e mais as vê nas festas mesmo. Nesse ritmo, você poderia simplesmente esquecer que a Aiesec existe.

Mas conheci muita gente. MUITA gente. Devia ter uma pessoa de cada CL do mundo ali em Jaipur! E também muita gente que não tinha nada a ver, mas que participava ativamente do play hard. E são todas pessoas que fazem da sua X inesquecível. São essas as pessoas que fazem você sentir menos saudade da sua família do que vice-versa, porque, afinal, elas são sua nova família.

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Taj Mahal

Só que tem outras pessoas que vão querer ser invisíveis. Aquela pessoa, na sua casa com mais 15 EPs, que nunca aparecia, nunca ia às festinhas, estava sempre ocupada, no fim de semana ia viajar sozinha e nunca checava os e-mails no hall sentada com todas as outras pessoas. E não foi por falta de você a chamar pra sair ou pra beber uma cerveja (meio escondido, afinal, estamos na Índia). Não queira ser uma delas.

É aí que entra a “Minha Religião”. O mandamento básico é: não pense tanto, faça logo, mude logo, vá logo.

Não estou dizendo que você deve pular de um prédio sem pára-quedas se te oferecerem. Mas se te chamarem pra viajar com um grupo de pessoas na sua X, não pense no ônibus horrível e nas 20 horas pela frente, simplesmente vá, e você verá que vai sobreviver no final e ainda ter boas histórias pra contar.

Nessa coisa de sentar na laje pra ver as estrelas (mentira, não dá) ou viajar no feriadão do Diwali, você conhece melhor todas as pessoas ali. Se tiver algum problema, vai ter sempre alguém pra desabafar, se tiver algo bom, também. Todos estão na mesma situação e isso aproxima muito todo mundo e são criadas amizades para a vida inteira.

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Holi Festival

Também enquanto você não vai pra sua X, aproveite a oportunidade que a @ te dá e faça tudo o que for possível. Sabe aquele CEEDer que vai chegar em outro CL? Vá lá recepcioná-lo! Depois, se um dia você for visitar o país dele, pode ter certeza que será tratado de maneira bem diferente (e positiva!). Experiência própria!

Sabe quando um vulcão cobre o céu de pó e você não pode voltar pro Brasil ainda? Junte suas economias e vá visitar outro EP, conhecendo mais gente e um novo país de maneira fácil e barata – e, de quebra, matando a saudade.

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No deserto e andando de camelo

Mesmo se estiver homesick, foi mandado embora do emprego ou exagerou no chai, não se tranque no quarto e comece a riscar os dias que faltam pra voltar para o seu país maravilhoso. Chame aquele ser que sempre “empresta” sua Nutella de 200 rúpias (!!) e vá ver um Bollywood sem legenda.

Você amará o país da sua X mesmo que o odeie, você vai chorar de certas situações e vai rir de muitas mais. Você vai amar ou odiar o estágio, até que ele vire rotina... rotina?? Nããããão!!

No fim o que você vai mais sentir saudades é das pessoas que riram e choraram com você, e são elas que vão te dar forças pra deixar aquela rotina ali de lado e seguir “a minha religião”, fazendo cada dia valer por muitos, desenvolvendo todo seu potencial profissional e pessoal. E é essa mesma a impressão que você tem. Na primeira semana, você acha que está ali há um mês. Mas depois de 6 meses você percebe como passou rápido e que já é hora de voltar.

É claro que “minha religião” é uma brincadeira, mas é assim que eu a chamava. Os Aiesecos tem isso quase inconsciente, mas que de tempos em tempos precisa trazer a tona, sacudir o pó e por em prática. É simplesmente um estilo de vida, não tão fácil de seguir quanto parece e que pode ficar apagado com tanto problema que aparece, mas que faz uma diferença enorme num dia-a-dia tão diferente! E, só pra ser repetitiva, porém verdadeira, foi a melhor experiência da minha vida..até agora.

Namaste!

Bruna

9 comentários:

  1. que f-o-d-a!

    eu quero muuuuuito fazer um X.. os posts só em deixam mais pilhada :D

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  2. Sem comentários.... saudades dos tempos de tomar breja escondido =D

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  3. Caraaaaaaaalho! Falou tudo Bruna! To em Bangalore agora é nao da pra pensar em algo diferente!

    Se jogar é o que há!!!! ;)

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  4. Animal! :-D

    Talvez algum dia considere ir pra Índia não só pra visitar hehehe

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  5. Que post mais fodaaa!!

    Eu quero!!!

    Alguém casa comigo pelamordideus!!!

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  6. hauahauahu... Daniel desesperado!!! .... Bruna, estou muito feliz que você tenha gostado do seu X. É muito gratificante saber que fiz parte um pouquinho disso... Quero muito ir viajar... aaahhh!

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  7. Nosssaaaaaaa Bruna!!!!!! Incrível ^^
    Preciso ir logooooo!!!!!!!!!!
    Saudadesss!!!! Mtos bjoss!!! precisamos sair!!! =D

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  8. Aww, é verdade, Dalila! =) Obrigada por ter me aprovado pra @! =D

    E quero todo mundo casando agora! Aí a gente aproveita e se vê na festa de despedida, né, Jarina! eheh

    "Não basta ser X, tem que ser na Índia!"

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