domingo, 9 de maio de 2010

Turquiiiia... Hungriiiiia... iaaa iaaaa iiiiooooooo!!!

Tenha o que contar para os seus netos... vá para a Turquia!!! Yeah Yeaaahhhh!!!! rsrs

Blue mosque"Welcome to Turkey" começou assim, com um e-mail de uma pessoa X, de uma vaga Y (a qual eu nem tinha me candidatado) para um lugar X² que na verdade nunca tinha me passado pela cabeça... e aí pensei "Que coisa de doido, mas... Onde fica a Turquia?? E o que eles fazem lá???" E comecei a pesquisar, ler, ver vídeos, e foi aí que quanto mais diferente do meu mundinho, mais eu gostava... ahahahahahah

Quando falei pra minha família, a primeira palavra que veio na cabeça deles foram "homem-bomba" e a segunda "você não esta falando sério, né?!?!" Ahahahah... mas, isso é muita falta de informação... tem muito mais homem bomba nos Estados Unidos do que na Ásia inteira... ( Desconfio muito do Mickey por sinal ahahahah )

Love
E a meio que contra gosto deles, lá fui eu pra Turquia para um internship de 1 ano e meio, para trabalhar como International Marketing em uma empresa de mármore em uma cidadezinha pacata chamada Denizli(Menor que São Bernardo), onde tem 1 balada e 2 buteco miado. 

NO PiriguetesBom, imagine uma garota ligada no 220V, que mora em SBC mas com as facilidades de ir pra cidade (ahahahah centro de SP) que não come verduras, legumes e muito menos pimenta, católica (mas nem tão praticante), e que não sabe uma palavra de turco, ir morar em um país muçulmano, em uma cidadezinha pequena e industrial (onde os costumes são mais fortes), onde 30% da população fala inglês mazomenos.... digamos que no mínimo é uma experiencia interessante, única e você tem que ter "open mind", estar disposta a uma experience de impacto, grandes mudanças e desafios.

 Por mais choque cultura que se tenha na Turquia, tem muitas coisas em comum com o Brasil, tais como a hospitalidade turca(fantástica), paixão pelo futebol (Roberto Carlos, Elano, André Santos), novelas, mulheres(fisicamente falando) ... e no quesito diferenças culturais a Turquia é um prato cheio... Mesmo sendo um país islâmico, eles não preparada para entrar na Mecasão fervorosos, radicais, respeitam sua religião, se você respeitar a deles claro, mas o legal da sua X é você entrar na cultura deles, viver como eles vivem(isso não significa que você tem que deixar de ser católico, evangélico, ou seja lá sua religião), mas sim, entender o porquê do comportamento deles, crenças, costumes... e eles são suuper abertos, te explicam com o maior prazer sobre a política, religião, te chamam pra almoçar em casa, conhecer TODA a família, adoram te levar para vários lugares, mostrar as mecas, ensinam a rezar, dançar...

E você ... Vamos colaborar né!! Não que seja proibido, mas .... evite shorts muito curtos, decotes, roupas muito ousadas .... como já disse, não é ilegal, proibido, mas se você não quiser se sentir a PamukkaleGretchen, esse é o caminho certo ahahahaha. Porque por ser um país onde a mulher é mais conservadora, resguardada e infelizmente "estrangeiras" significam sexo fácil, é melhor você não ser tão liberal. (Eu tentei ficar de biquini em Pamukkale como está na foto, mas me senti um E.T. total  por alguns poucos minutos debaixo de um calor absurdo)

Infelizmente, o que deveria ser 1 ano e meio de estágio, encurtou-se para 6 meses = ((. O trabalho que eu estava fazendo na empresa não estava dando certo e devido à cabeça dura do meu chefe... sentamos, conversamos e entramos em um acordo que não seria proveitoso pra mim e nem pra ele eu continuar lá... e assim foi.

Mas felizmente, logo que eu me desliguei da empresa, surgiu uma nova oportunidade... Compradora da NOKIA BUDAPESTE_HUNGRIA... uuuhhuuulllllll ....

Com um aperto enoooorme no coração(por deixar a Turquia, grandes amigos e meu namorado turco mais lindo de todos...), fui pra Budapeste em Março.

Claro, o choque cultural não é o mesmo, até porque estamos falando de país de primeiro mundo, a cidade mais badalada da Europa, carne de porco e comunicação 100% (inglês é normal até para os fucking** controller's do metro ahahahaha), mas a Hungria também tem suas peculiaridades, tais como: Name's Birthday ( eu faço aniversário de nome 3 vezes ao ano ahahaha), a língua mesmo sendo estranha é curiosíssima (pussy significa beijo em hungaro ahahahhaha) e na páscoa os namorados/amigos espirram água ou perfume na sua cabeça e recitam um poema (ovo de páscoa, colomba pascal nem pensar...). Busdapet
Tudo bem que na Hungria as pessoas não são tão hospitaleras e barulhentas como na Turquia, não são apaixonados por futebol e não ficam rezando ao alto da meca 5 vezes ao dia, não fazem jejum no Ramadan... mas eu estou absorvendo ao máximo essa experiência e a grande oportunidade de trabalhar em uma organização global, super despojada em um país lindo, cheio de castelos e pontes iluminadas.

Turquia agora, vai ficar no meu coração, certeza!! Tenho um carinho imenso e penso em voltar para fazer turismo, porque é um lugar lindo... e a Hungria, well... vamos ver o que me aguarda em 1 ano de estágio, certeza que terei muitas histórias = ))

Segue o link do Picassa com fotos da Turquia e um um albinho da Hungria:
http://picasaweb.google.com/patipalazzo

E meu blog da Turquia: http://patyemterraturca.blogspot.com/

E gostaria de finalizar este post com um conselho: Open mind !! 

Suuper beijo
Güle Güle (tchau em turco)  ou Viszlat (em húngaro)
Paty = ))

domingo, 2 de maio de 2010

DT na Colômbia – El riesgo es que te quieras quedar!

Hey AIESEC! Para quem não me conhece, eu sou a Júlia, entrei na AIESEC em setembro de 2008, buscando não apenas um intercâmbio, mas também aquele “algo” a mais, capaz de transformar uma viagem divertida em uma life-changing experience... E consegui muito mais que isso!
Aproveito e conto um pouco mais sobre o meu DT: espero poder esclarecer um pouco mais sobre esta modalidade de intercâmbio e incentivar todo mundo a conhecer a Colômbia, um dos países mais incríveis da América Latina!
Porque DT? Porque Colômbia?
Em 2009, formada há seis meses em Relações Internacionais na USP, mesmo com um emprego estável em uma empresa, eu nunca deixei de lado a vontade de trabalhar com temas ligados a direitos humanos, desenvolvimento e empreendedorismo social. E a chance de trabalhar com isso em outro país não poderia ser deixada de lado!
Em agosto, depois de alguns meses procurando um DT que tivesse uma job description compatível com o que eu estava buscando (e com foco principalmente na América Latina e Índia), recebi um e-mail sobre um PBoX (Project Based on Exchange) chamado Abriendo Caminos, onde 30 trainees seriam selecionados e distribuídos pelos 12 CLs da Colômbia para trabalhar na Accíon Social, uma agência do próprio governo colombiano, que atende a população afetada pela violência decorrente do narcotráfico.
A vaga era para três meses e na verdade eu queria um X um pouco mais longo, mas gostei demais da descrição do trabalho que seria feito lá. E pelas histórias dos trainees de lá, a Colômbia não perde do Brasil em termos de diversão! Além do mais, não custava nada fazer a entrevista e ver o que acontecia. Mal sabia eu que este era apenas o começo de uma das mais importantes experiências da minha vida!
Brasil versus América Latina
Chegando lá, um mês depois do match, tive uma semana de treinamento em Bogotá com todos os 30 trainees, para aprender mais sobre a job e compartir nossas expectativas para os próximos três meses.
clip_image002[9]30 trainees, 13 países, um Global Village: roll calls e drinking games…







Ao conversar com os outros trainees, de cara me chamou a atenção a diferença que existe, para eles, entre o Brasil e a América Latina. Mais de uma vez os ouvi falando em “a América Latina e o Brasil” como duas coisas completamente separadas! É interessante ver como o Brasil é, de fato, considerado a potência da América Latina, e como somos vistos com respeito por causa disso. O mais legal do Projeto Abriendo Caminos, foi o fato de ser um projeto grande e receber muitos trainees. Ou seja, toda a experiência de chegar a um país novo e uma cultura nova são compartilhadas com outras pessoas, o que deixa tudo ainda mais intenso! Eu pude fazer mais de 30 amigos de 10 países diferentes, organizamos um global village, fomos pra balada e muito mais!
A vida “paisa”
Depois de uma longa e tortuosa viagem de ônibus pela cordilheira central colombiana (o que fez com que 400 km de viagem fossem feitos em “apenas” dez horas), chegamos a Medellín. A cidade, que durante muito tempo foi considerada uma das mais perigosas do mundo, sofreu uma mudança radical nas duas últimas décadas. Muitos dos problemas relacionados ao tráfico de drogas foram reduzidos drasticamente e hoje ela é um modelo de desenvolvimento. Além disso, Medellín abriga milhares de estudantes de todo o país, atraídos por suas universidades de alta qualidade (resultando também em um grande numero e variedade de baladas).
Junto com minhas outras três companheiras de intercâmbio (uma brasileira e duas chilenas), logo percebi que não poderia ter feito outra escolha melhor de lugar para viver: Medellín, que possui quase 3 milhões de habitantes, além de ser uma cidade linda, conta com uma ótima infra-estrutura (metrô, aeroporto), é cheia de museus, parques e outras atrações culturais e é uma cidade relativamente barata, o que faz toda a diferença quando se é trainee. Os nativos de Medellín são chamados de “paisas” e são famosos por serem muito trabalhadores. Apesar de ser conhecida como ‘cidade da eterna primavera’, Medellín é bem quente (imaginem São Paulo no verão), dá pra garantir um bronzeado!
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                                                  Visão de Medellín no final da tarde
Mas como nem tudo é turismo, vamos ao que interessa: o trabalho. Como estrangeira, minha principal preocupação era realmente entender o problema pelo qual passa a Colômbia, onde até os dias de hoje milhares de famílias são expulsas de suas casas e propriedades por grupos guerrilheiros, que infelizmente ainda possuem grande força política no país. E o que essas famílias fazem? Elas vão diretamente para as cidades maiores. Mas sem dinheiro, sem emprego e com pouca educação, essa gente acaba indo para as favelas e caindo em redes de pobreza e marginalidade. São os chamados desplazados.
A Acción Social tem o papel de justamente atender a essa população, direcionando-a para os programas do governo de educação, habitação, capacitação profissional, etc... Além de esclarecer os deplazados sobre a proteção especial do Estado a qual eles têm direito. Só que num país onde mais de dois milhões de pessoas sofrem com este problema, a questão se torna bem mais complexa...
O meu papel lá foi o de justamente acompanhar os trabalhos no escritório da Acción Social. Foram as mais variadas atividades: visitei as comunas (favelas) para fazer o cadastro das famílias participantes do programas (que muitas vezes moravam em barracos equivalentes a metade do CL, para se ter uma idéia), conheci o trabalho das entidades sociais em Medellín, visitei uma cidade que no passado foi quase totalmente destruída pelas guerrilhas narcotraficantes, entre outras atividades. Foi um aprendizado enorme sobre organizações sociais, políticas públicas e até relações internacionais.
O final do Projeto nos brindou com mais quatro dias em Bogotá. Nós, trainees do Projeto, organizamos um grande seminário, em um dos maiores centro de convenções da cidade, com o apoio e a participação de especialistas da ONU e de outras instituições. O dia do seminário coincidiu justamente com o início do NPM, uma das principais conferências nacionais da @Colombia. Eu ainda tive a chance de contar um pouco da minha experiência em Medellín para os mais de 300 participantes do evento (em espanhol, coisa que três meses antes, dificilmente teria coragem de fazer)!
O Impacto
Foi na rotina do dia a dia que eu percebi o impacto da minha atuação e o crescimento que isso me proporcionou em todos os sentidos. Ao fazer um DT, e lidando diretamente com problemas da sociedade, foi que eu percebi claramente meu papel como agente de mudanças positivas, um dois valores mais fortes difundidos pela AIESEC.
O impacto é visível e o mais legal é ver a gratidão das pessoas ao ver que jovens estão interessados em seus problemas, estão dispostos a trazer mudanças positivas, a aprender e compartilhar culturas. É uma experiência de aprendizado inigualável, que abre a cabeça para um numero infinito de mudanças e idéias que marcarão minha vida para sempre! E mais do que isso, sei também que deixarei uma marca na vida das pessoas que conheci e com as quais trabalhei na Colômbia.clip_image002[5]
Metrocable: 'teleférico' que leva a população até as partes mais altas e afastadas da cidade. Foto tirada na Comuna 13, favela que, há dez anos, era considerada um dos lugares mais violentos do mundo.




E para quem pensa que ir para países como a Colômbia, não parece ser tão legal por ser um país próximo ao Brasil, está muito enganado! Lá todo dia se aprende mais, se conhece pessoas e lugares novos para serem explorados. Desde as praias paradisíacas do Mar do Caribe até as montanhas nevadas de Manizales, passando pela eterna primavera de Medellín, a Colômbia é um país que recebe a todos de braços abertos e nos faz sentir instantaneamente em casa. Sobretudo, é uma ótima oportunidade para aposentar o portunhol! :)
Seu povo, sua cultura, suas comidas, suas musicas, causam um choque cultural mais do que bem vindo... No final das contas, relembrando o título do post, o perigo é você querer ficar!
E é isso: façam um DT! Conheçam a Colômbia! E caiam de cabeça na melhor experiência de suas vidas!
Besos!
Júlia